Vida moderna
pela negra
faixa fúnebre de apagadas
listras
amarelas, que acompanham seu andar,
apagadas tão
quanto seus fracos ideais.
Quem dera,
pensa o próprio,
chegar a um
pleno estado de alegria,
assim como o
do rato que vira a pouco,
passando
como a saltitar.
A vasta
chuva seca de paz e gozo
o ajuda a
banhar-se de reflexão,
seja sobre o
trabalho de puro suor,
ou de seus
amores de pura ilusão.
Toda
enfeitada está a rua,
por toda a
parte a algo espalhado,
desde luzes
banhadas e nuas,
até velhos
carros e copo descartável.
Uma alma
viva em corpo morto
meche-se,
fala, grita,
de angustia
pede apenas socorro
“tirem-me
desta vida moderna”.
E de um lado
a outro
continua a
caminhar, rumo a alegria,
de quem sabe
um dia, pensa em delírio,
ter “algo”
para ao mundo ofertar.